segunda-feira, 23 de março de 2009

entendendo -me


Pode-se dizer q eu nao fico com ninguem em night. Eu nao gosto. Não gosto mesmo, acho chato.
Não tenho necessidade de ficar beijando na boca de gente que não conheço. Até porque, conhecer gente nova é tão cansativo. Fico alí, ai depois vou pra casa e aquilo não significou nada... E porque ele ficou comigo, da próxima vez que me vir vai me tratar diferenciado: ou vai ficar correndo de mim ou vai ficar grudando em mim... E o pior é quando a pessoa age naturalmente também, parece que não foi nada MESMO. Fica ainda mais banalizado!
Sei lá! Já fiz muito, sabe? Já fiquei com mtaaaaaaaaaaaa gente quando era adolescente, mas depois que namorei, comecei a achar sem sentido. Passei dessa fase.

Además...
Eu fico indo pra night e honestamente penso que por lá só tem gente perdida. Gente que ainda não se encontrou.
Também não dou a menor idéia para um cara que me surja numa boate querendo conversar comigo. Fico encarando com um certo olhar de desprezo, do tipo 'cai fora'... Não conheço, cara, vou conversar o que? Ficar me apresentando pra alguém que não me conhece... Pra que?? Não entendo a lógica.
Embora deva reconhecer que pra gente conhecida sou mais educada. Mas dá no mesmo, não fico. E tenho muito mais dificuldade de vetar gente conhecida, principalmente os amigos, porque não posso utilizar do mesmo mecanismo de desprezo; então as vezes sou levada a situações desagradáveis por pessoas muito insistentes que não respeitam o meu simples não.


Seguindo meu próprio raciocínio, caio na minha própria armadilha.
Estou sim, (e assumo estar!) completamente perdida.

Bem, até aqui, deixei claro minha opinião sobre as nights. Que não gosto, tô cansada, não sou participo do contexto noturno de pegação e muito alcool, e que, além disso, em minha opinião a vida noturna é a maior estragação fisica e moral. Inclusive o texto "this is the way I live" agrega conteúdo a este.
No entanto, está sempre constando meu nome nas listas... e a minha pessoa física na pista.
Retorno ao que disse: 'estou completamente perdida'.
Justificado.
Agora destrinchando:

Se fosse para resumir o motivo pelo qual terminei um relacionamento em uma linha, diria: eu me dediquei completamente a uma pessoa e não havia retornos.
Mas ele continua na minha vida. Ou seja? Eu sempre percorro caminhos opostos aos que eu tenho consciencia que não deveria ir.

E me disseram: "não consegue se afastar dele".
E prontamente respondi: Consigo sim! Mas não quero.

Não quero ficar sozinha.
Não estou mal acompanhada. Ele me faz bem, mas assim... do jeito que está. Ele vivendo a vida dele e eu a minha. Mudar isso seria suicidio porque as coisas só funcionam assim. Ele não tem muito a ver comigo, mas eu também não gosto de me sentir sozinha... Só que essa situação toda impede que eu conheça outras pessoas e a minha vida fica nessa eterna inércia.
Ai fico com essa pergunta sobrevoando a minha mente dia após dia e me pergunto se isso algum dia mudará.
A gente já brigou várias vezes e eu fiquei completamente sozinha em algumas vezes, n'outras fiquei com outro, ai terminei, mas qualquer uma das opções é sempre tão vazia que eu acabo procurando ele denovo ou deixando que ele me procure.
E enfim, ele não me completa mais, mas é a única coisa que eu tenho. Entendem?
Dai acho que eu vou pra night porque sei que lá poderia conhecer alguém, mas ao mesmo tempo acho que ninguém que tá por alí é interessante e não me permito conhecer ninguém. Este é quase todo meu dilema emocional. Quase todo... Porque ainda tem uma outra questão que é muito significativa e que não deve ser exposta nem ao meu entendimento, quanto mais aqui. Então prossiga...


Entrando em linhas mais profundas, mas que são imprescindíveis para entender o hoje (salve Freud!) a situação é que fui criada e vivo com meus lindos avós, Sr. Tavares de 88 anos e Dona Terezinha de 71. São velhinhos e não estou preparada para perde-los. Nunca vou estar, obvio, mas a questão é: nem um pouco. Ficaria completamente sozinha, até porque, minha família é meio esquisita e eu nem sequer tenho mãe.
3 homens já tocaram nessa questão comigo. O primeiro me deu suporte, o segundo falou por falar e o terceiro falou em tom de 'vc é assim porque vive isso, isso e isso'. Tecla sap: Tenho a necessidade de um relacionamento base porque se meu suporte cair, terei um chão.

Faz-se necessário agora retomar uma questão e não deixar margem a duvidas ou entendimentos equivocados: Procuro uma pessoa. Evito transparecer esta minha procura. E principalmente não sou desesperada ao primeiro que me aparece prometendo mundos e fundos. Ao contrário, sou extremamente desconfiada e cautelosa. Eu não quero perder nem mais um dia da minha vida entrando em um relacionamento que não acredito que dará certo. Pode não dar, mas quero que seja uma decepção. Sei lá! Ainda tem a questão que é muito cansativo, então demoro muito para me entregar.
Além disso, tem o que eu falei há 1 hora atrás com Arthur no telefone: Por não ter tido família, desejo muito construir a minha. Mas com alicerces sólidos, de qualidade... Não faria meu castelo com materiais fracos, para que ele caisse na minha cabeça. De tal modo, sem tanta analogia, eu não forçaria um filho com alguém, não insistiria para alguém se casar comigo, não, não, não. Não é por aí.

"O segredo é não correr atrás das borboletas"... E isso ecoa na minha mente quase que diariamente.
Sou paradoxal, cara... Sempre fui! É aceitavel então que eu tenha meus rompantes de desespero, mas que essencialmente seja equilibrada.

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Compromisso ético:

Detalhe SUPER importante sobre este blog:

O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.