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Pergunta: o que tu contas?
Resposta: Conto tudo.. sou gênia da matemática. Até noves fora. Fora isso, conto que queria retirar (mas ai fica a seu critério... lógico), meu pedido para que vc se afastasse de mim. Foi crise... uma crise meio longa, mas passou.

Pergunta: Por que? O que mudou?
Resposta: Mudou que no dia que eu pedi e antes até deste dia, eu estava mega revoltada de muito ciúmes. E com o fds, também com a distancia... vi que sei lá, era bobagem.
Na verdade, eu nao sou uma pessoa ciumenta insuportável. Eu consigo me controlar. Me assustei porque tudo me deixou mto brava... mas acho que foi mais de um problema: foi o fato de ser com voce.. que é a única pessoa importante atualmente dos com quem já me relacionei. A única q eu mantenho qualquer envolvimento... enfim. E o fato de ser tratar daquela garota. Aquela. Acho que se fosse outra, qualquer outra, eu segurava a onda.Podia ficar boladinha, mas nao ia ficar irritada.

Eu confundo o fato de você ser essa única pessoa de maior data... que nem é tão longe assim, mas que enfim, é a única que eu optei - permito - e- desejo que ainda exista... confundo isso com a possibilidade de sentimento. Mas esse sentimento nao é para sufocar nós dois, nem para cobrar nada... a idéia é que ele exista só para nao ser uma coisa do tipo eu-te-dou-e-vc-me-come.

Sei lá.. mas ai vc deixa rolar. E se visar combinar de se esbarrar qualquer dia, saiba que eu não estou criando impecilhos.

Amei!

"Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos"

Muitissimo eu.

Mentiras

Adriana Calcanhotto

Composição: Adriana Calcanhotto

Nada ficou no lugar
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua família...

Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu gosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos...

Que é pra ver se você volta,
Que é pra ver se você vem,
Que é pra ver se você olha,
Pra mim...

Nada ficou no lugar
Eu quero entregar suas mentiras
Eu vou invadir sua aula
Queria falar sua língua...

Eu vou publicar os seus segredos
Eu vou mergulhar sua guia
Eu vou derramar nos seus planos
O resto da minha alegria...

Que é pra ver se você volta,
Que é pra ver se você vem,
Que é pra ver se você olha,
Pra mim...(2x)

Fraterno.

Bati a porta do carro 2 vezes e fui embora enlouquecida queimando o asfalto, sem freios, nem condições ou documentos, mas com as palavras escorregando da minha língua nervosa. Eu não consegui dizer. É que a mensagem não era para estar encharcada em dramas e sofrimentos além do que dizia aquele maldito papel. O que eu tinha para dizer era para vir sozinho, numa reta de uma só direção. Eu digo, ele me ouvia. Eu choro, ele me abraçaria.

E a minha angústia e dor se misturaram com as dores e as angústias dele. A raiva dele. O recalque dele. E fez derreter todo meu bem querer. Derreteu também ele, não poupou em dizer que cogitou desistir. Acho que desistiu, pq eu na verdade vi, do lado de fora, porta trancada, a minha mala com as nossas lembranças e aquilo que nos unia.
E quando hoje, ele resolveu abrir as portas, as janelas e deixar o sol entrar... arrumar a casa e colocar pra fora o que havia de ruim, me conta, sem nem bom dia, que já sabia.

Eu não sei se me arrependi, se mudei de idéia ou se é só coisa do momento...
mas de todas estas possibilidades, todas me trariam de volta.
E fui atrás... com o coração na boca, tremendo, de conflito armado entre a Dora-de-Sempre e a Dora-100%-Equilibrio.
Batalha dura.
Ganhei com muito charme e muita humildade também.
Até porque, fui muito incisiva em não voltar atrás... Mas por quantas vezes voltei atrás em casos muito mais sérios anteriores... ceder pro que não deve ser cedido. Aceitar o inaceitável. Perdoar o imperdoável. Magoar a mim mesma... Machucar, ferir, sofrer...
Voltar atrás em decisões sólidas não é sinal de fraqueza. Não nesse caso! Pelo contrário.