quinta-feira, 29 de junho de 2006

Como eu nunca pensei nisso antes?


Algumas características da Distimia:
  • Falta de apetite ou apetite em excesso (confere o segundo)
  • Insônia ou hipersonia
  • Falta de energia ou fadiga
  • Baixa da auto-estima
  • Dificuldade de concentrar-se ou tomar decisões
  • Sentimento de falta de esperança
Todos conferem, sendo que o primeiro, se aplica ao apetite em excesso.

Outros:

Me esforço para ser mais sociável e não consigo na maioria das vezes. E só consigo quando se trata de pessoas de fora do meu convívio. Me isolo no meu quarto quando estou em casa e tenho costume de escutar os problemas e não sentir vontade de contar os meus, embora eu seja tagarela. Eu falo sobre muitas coisas, mas me sinto reprimida, envergonhada, não sei ao certo, de falar sobre os meus.

Nunca antes eu havia percebido que sempre tive esse comportamento. Ele existe desde a minha infância, sempre fui muito reclamona e tive os mesmos problemas, mas pensava fazer parte da minha personalidade difícil. Pude perceber com os problemas do meu namoro, porque embora eu reclame muito, eu sempre tenho consciencia de que não tenho motivos de reclamar.
Hoje eu vejo que é uma doença... Porque alguém de convivio curto me apontou esses problemas. As pessoas no geral não percebem, apenas os que moram comigo. Mas os que moram comigo, me conhecem assim desde sempre e acham que eu sou assim mesmo, tal como eu achava.
Eu consigo enxergar todos os meus defeitos com facilidade; sei quando erro.
São alguns deles: agressividade, nervosismo sem causa e descontrolado com os mais próximos (quando eu percebo eu já tratei mal e não consigo voltar atrás, sigo com orgulho), intolerancia (com atrasos principalmente, qualquer tipo de espera, repetir o que falei, explicar as coisas para alguém), oscilações de humor entre outros.
Não me considero muito autocrítica, eu só acho que percebo com facilidades as minhas características, porém, sou intimamente dotada de algumas bem ruins e as reconheço.

Não evito festas, gosto de eventos sociais, porém, apenas com os que não são próximos.
Odeio quaisquer tipo de evento do tipo formatura, batizado, festa de 15 anos, churrasco de família, aniversário de parente e evitei todos para mim, considero um verdadeiro tormento. Tenho dificuldade de me relacionar com meus famíliares e considero poucos deles.

Sofro das seguintes comorbilidades
Príncipio de Síndrome do Panico (tenho pavor, mas isso não foi desde sempre, de pessoas desconhecidas, ando pelas ruas com medo de carros, motos, pessoas que passam e me olham... Tenho pensamentos negativos mirabolantes de sequestro relampago, assaltos, balas perdidas que muitas das vezes se tornam sonhos)
Fase de depressões fortes, choramingações, hipersensibilidade, reflexões, anseios (sempre os mesmos)
TPM

Tive uma infância complicada, e se isso influencia na distimia, eu não tenho consciencia, pois tenho
plena certeza que nenhum dos meus problemas atuais se relaciona a isso. Embora apareça alguns relatos que me parecem comuns em pequenas discussoes famíliares do tipo: "quando eu era castigada quando vinha para casa com comportamento ruim, eu sempre fui faladeira, ué", "quando eu era criança brincava de jogos de tabuleiro contra eu mesma", "não tinha crianças para brincar comigo, apenas na escola", "meu avô não me permitia brincar na rua, não permitirei que meus filhos o façam"... Enfim.

Pais agressivos não tenho, mas convivo desde sempre com pessoas de humor alterado, muitas das vezes grosseiras.

domingo, 25 de junho de 2006

Primeiros passos pra cura.

Eu não sei porque demorei tanto a tomar essa decisão...
Eu estava vendo filme, numa cidade longe da minha, onde não há computadores, telefonemas incansáveis, opções quaisquer de fugir de uma rotina agoniante... Lá é bom pra estudar, ler, pensar... Enfim, se busca concentração, saia da sua cidade.
Ai vi o tal filme "Deus é brasileiro"; Detalhe: eu não acredito mais em Deus, no metafísico. Eu acredito no cientificísmo. Em dado momento o tal Deus diz no filme: "pq vcs procuram a felicidade o tempo inteiro? mas que mania idiota".

(...)
Acho que eu sou como uma tartaruga, que carrega um peso enorme nas costas, anda, anda, anda e não sai do lugar por causa do peso e pior, ninguém percebe, ninguém verdadeiramente admira. Afinal, que graça tem uma tartaruga?

Eu tenho tanto medo da vida... Do destino que eu não acredito. Do futuro melhor dizendo. Medo do que pode estar por vir... Não me sinto corajosa o suficiente pra encarar os dramas, fico sofrendo de antecipação o tempo todo. Aliás, e por falar no "tempo", meu maior inimigo... Já tentei estabelecer um afeto, um relacionamento, mas a verdade é que eu não suporto o tempo. Não suporto pensar futuro "vai resolver", "vai ficar bem", "vai melhorar"...
Eu sou cheia de complexos... Eu não acredito na cura da minha doença.

Eu queria morrer por 15 minutos.
Talvez quisesse mesmo trazer meu pai de volta por 15 minutos.
Eu queria ser menos carente;
Eu queria me enganar menos;
Eu queria acreditar mais, em mim, nas pessoas, na vida.
Eu me sinto tão depressiva...
Eu me sinto tão dependente dos outros, embora eu passe a maior parte do meu tempo arquitentando forma de me afastar dos mais próximos, procurando o isolamento... Parece que eu nego a morte e eu própria cavo meu buraco; sabe? É por isso que a frase de Nietzsche fez tanto efeito "morra no momento certo", eu me sinto entregue. Quantas vezes fui deitar e pedi ao seu Deus que não me deixasse acordar. Acordei; e ao acordar já não queria mais morrer...
Lembro -me de quando planejei minha morte pela primeira vez... Estava tudo confirmado, seria o mais breve possível... Escrevi cartas, revelei segredos e atipicamente resolvi fazer tudo que me desse na telha, afinal, eu ia me matar mesmo, né? Não me matei pq não houve necessidade... No fim das contas tudo se solucionou. Beleza, mas... Eu sempre fiquei pensando "o momento da minha vida que eu verdadeiramente VIVI foi quando eu planejei morrer", paradoxo né?

Por isso... Eu não quero morrer.
Não quero ficar doente, não quero que sintam pena de mim... Quero me curar.
Me curar dos reais demonios que me cercam. O demonio da imprestabilidade e da ansiedade principalmente.
Como posso levar uma vida a dois se a minha vida pessoal está corrumpida? Aliás, algum dia será que ela foi perfeita? Será que me submeteram a essas condições e eu simplesmente aceitei. É um fato, apesar de que, essa hipotese me inocentaria dos meus maiores defeitos e vergonhas.
"Jogar tudo pro alto me convém(...)"

Sei lá, mas eu tenho meus planos de vida... O futuro parece uma assassina sexy e gostosa vestindo um tubinho preto pronta pra te enfiar a faca pelas costas.... Ou não, as vezes ela se apaixona por vc.
Eu não gosto de depender da sorte.
Eu queria um filho, uma casa, sucesso (não confunda com fama, ok!), amor, ter mais uns trocados sobrando que me proporcionem conforto, diversão... E se algo der errado? Eu já me imaginei morando debaixo da ponte, já me imaginei sem poder ter filhos, desempregada, solteira e gorda e achando que a maior diversão é ficar 2 horas atoa.

Não me imagino vivendo sem a comida da minha vó... Acho que isso é o que mais me apavora.
E eu penso nisso...
Sem ela pra me acordar de manhã cedo e lembrar das minhas obrigações
Sem ela pra me perguntar o que o namorado queria quando eu desligo o telefone
Sem ela pra realizar todos meus desejos
Sem ela pra me mimar...
Sem ela pra fazer o papel de mãe.
Eu tenho tanto medo, sabe?
Lembra de desenho animado que 2 paredes se aproximavam pra esmagar quem tava naquele "room"?
É assim que me sinto o tempo todo... Sendo que a parede da esquerda é o tempo, que vai passando, e a da direita o futuro, que vem se aproximando.
Eu tenho tanto medo dos meus avôs morrerem... A idade tá chegando e eu vou ficar sozinha, entende???
E o pior é que eu não sou aquele tipo de garota maneiríssima que toca o telefone 20 vezes por dia e tal, cheio de amigos e programações. Eu não sou o tipo de pessoa que cativa os outros, que encanta. Eu tenho lá minhas particularidades que ninguém aguenta por muito tempo. Aliás, é até injustiça... Tem o meu namorado, e tenho sabe quantas? 4 amigos, aliás, 4 pessoas que EU considero e nem sei se é reciproco mesmo.

Quero nem mais falar, sabe... Chega!!!
Eu nem sei se eu quero que as pessoas leiam isso.

"Eu gosto dos venenos mais fortes, eu gosto das emoções mais intensas e se vc me perguntar se eu me jogo, eu digo, AGORA, eu digo, AGORA".

Ai, ai... Essa tal de vida.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

Dedico ao meu amor

(quando fizemos 1 mês, há quase 7 meses atrás)

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração para de funcionar
por alguns segundos, preste atenção. Pode ser a pessoa mais importante da
sua vida.

Se os olhares se cruzarem e neste momento houver o mesmo brilho intenso
entre eles, fique a l e r ta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o
dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos
encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do dia for essa pessoa, se a vontade de
ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um
presente divino: o amor.

Se um dia tiver que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais
que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a
outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las
com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer
momento de sua vida.

Se você conseguir em pensamento sentir o cheiro da pessoa como se ela
estivesse ali do seu lado... se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos
emaranhados...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que
está marcado para a noite... se você não consegue imaginar, de maneira
nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a pessoa envelhecendo e, mesmo assim,
tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela... se você preferir
morrer antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. É uma
dádiva.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou
encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e por não prestarem
atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer
verdadeiramente.

É o livre-arbítrio. Por isso preste atenção nos sinais, não deixe que as
loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor.


Autor: Carlos Drummond de Andrade

Compromisso ético:

Detalhe SUPER importante sobre este blog:

O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.