segunda-feira, 25 de junho de 2007

Manoel, serei tua vizinha.



Vou -me embora para Pasárgada... Diz Manoel Bandeira que lá "a existência é uma aventura". Meu lugar é lá e não aqui. Aqui, há dias em que a existir é dor. E talvez eu pense como o Manolo a respeito do remédio da tristeza e assim, quase nunca vivencio esse liquidificador de emoções. Não há luto nem martírio. Não exatamente amando, mas deixando -me ser amada. Preciso ser amada, preciso de carinho, mas não sei amar, não sei acariciar... Acho que também não sei respeitar, não acredito no para sempre feliz, não acredito nos outros, na fidelidade, na fidedignidade... Acredito no que convém. E assim condiciono-me a crer em tudo que digo não crer.
Sou fake. Sou gelatinosa. Não possou estrutura, base, protótipo. Também não tem cobertura, tampa ou finalização. Sou aquela casa da rua dos Bobos, número zero. Sem porta ou janela, sem estrutura, chão ou cobertura. Mas ainda assim, casa. Sou a mesma há 20 anos; mudo o tempo inteiro. O paradoxo não me abandona. De certo não me abandonará nunca... Porque convém. Mais uma vez. Acho que estou triste. Boa noite.

Compromisso ético:

Detalhe SUPER importante sobre este blog:

O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.