sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Oi?

MARIDO RICO

Saiu no Financial Times (maior jornal sobre economia do mundo) ....
Uma moça escreveu um email para o jornal pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico".Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada. Sensacional!

E-mail da MOÇA:

... "Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste jornal, ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?

Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West.

Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.
Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela?

Resposta do editor do jornal:

"Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação. Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo a toa... Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio. Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas : Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro. Mas tem um problema. Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando. Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta! Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco.

Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada. Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece... Portanto, ainda em termos

comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar.Cogitar... Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio... podemos marcar?"

(Philip Stephens, associate editor of the Financial Times - USA)
OBS.: Não é a toa que o cara ganha mais de US$ 500.000 por ano!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Escravos de Jobs: Lamentemos sua perda sem, contudo, endeusá-lo.

Vejo a consternação em torno da morte de Steve Jobs e tento senti-la, compartilhá-la, ser como os outros, mas não consigo. Claro que lamento seu sofrimento, como o de qualquer pessoa que enfrente uma doença grave com dignidade, entre tantos casos, inclusive próximos de mim, que presenciei. Não sou um alienado. E é com respeito ao sofrimento alheio que dou os meus pêsames a esta gigantesca comunidade universal que chora sua partida como a de um Gandhi, ou mesmo de um Cristo.

Fiz minha parte. Comprei produtos idealizados por ele. Tenho iPod (o clássico, antigão, pesado, ainda com a rodinha para girar as listagens, a rodinha que hoje já começa a virar >ita

Sempre admirei o design clean, o jeitão minimal, dos computadores maiores da linha Mac, embora não tenha jamais me entendido muito com eles, em parte por culpa do Bill Gates, mas também porque demoraram muito para ter teclados configurados decentemente e assistência técnica razoável. Um dia, quem sabe, eu volte a eles.

Mas não consigo, por mais que me esforce, sofrer a perda de Steve Jobs como se fosse a de um parente, de um ídolo, de um Lennon, de um profeta, de um gênio. O que é um gênio, afinal? Vejo escrito nos jornais que "entre os gênios da tecnologia" Steve Jobs se destacou por isso e aquilo. Quantos "gênios da tecnologia" existem? Quantos gênios, ponto, existem? No meu tempo, e não sou tão velho, gênios nasciam um por século. Por década ainda vá lá. Mas um gênio por ano, por mês, por semana? Vários gênios convivendo na contemporaneidade? Não tem algo errado aí?

Sim, vivemos uma revolução, que depende das pessoas que criam soluções (como foi o caso de Jobs), mas que independe, ao mesmo tempo, delas: essas figuras eleitas próceres da criação são mais os meios orgânicos da corrente do que seus idealizadores. A revolução é coletiva, vem das bases, das necessidades humanas que fazem mover a sociedade, para o bem e o mal. As soluções que Jobs criou seriam implementadas de uma forma ou de outra, por ele ou por alguém diferente, mais cedo, mais tarde, sem diferença fundamental numa visão "fora" do foco e do contexto no qual já nos inserimos.

Jobs não "inventou o futuro" coisa nenhuma. O futuro teria vez sem ele. A perda de Jobs é a perda de um pensador, um formulador brilhante. É a perda de um exemplo de determinação, de um visionário, de um exemplo de como pensar o consumo pondo-se no lugar de quem consome e tendo em conta suas aspirações, influenciando seu comportamento e acelerando os ganhos em escala das novas tecnologias no que toca à dinâmica social.

Mas, fundamentalmente, o que fez Steve Jobs, que me tocaria mais fundo, que me faria chorar a sua perda? Foi um empresário. Um homem que potencializou um business. Que recorreu aos mesmos mecanismos de concorrência, alguns sórdidos, aos quais outros monstros da indústria tecnológica recorreram: bloqueou acessos, fez acordos de exclusividade com operadoras, brecou o download de aplicativos que confrontassem seus interesses. Criou, com a linha de iPhones, um frisson de consumismo galopante que tem muitos paralelos com o que Bill Gates implementou com seu Windows, fazendo dos usuários reféns das próximas versões em cascata.

No caso de Jobs, haveria um agravante: seus súditos não apenas necessitam da próxima versão, mas veem nela um sentido maior, estético, sobrenatural. Fazem filas de semanas para serem os primeiros a obter o seu retângulo mágico, como se ali estivesse a chave de algum conhecimento que fosse além da própria informação que circula na rede, ou dos dados armazenados ali, ou dos softwares baixados.

É como se cada um daqueles retângulos fosse uma hóstia de silício (ou material que o valha), um pedaço do corpo de Jobs, antes ainda vivo, agora transfigurado em espírito. Entre meus amigos e amigas, vejo o medo do que vem por aí, como se essa substância divina fosse escassear com a falta de Jobs entre nós, embora eu tenha lido que ele já deixou tudo preparado para eternizar sua filosofia, esta filosofia que tenho tanta dificuldade de apreender como algo tão nobre e altissonante quanto dizem.

Mas creio que agora, ao contrário, ele (eu deveria escrever em maiúscula?) se converterá num deus-marketing ainda mais forte. Por seus circuitos correrá, agora, o ectoplasma de seu poder, a energia de seu gênio. Espero só que isto não influencie, decisivamente, o preço.

A morte de Jobs me fez pensar num contemporâneo seu, o finlandês Linus Torvalds, o criador do Linux: ninguém fala dos valores que poderiam ter sido implementados a partir de sua criação, de caráter bem mais ético e bem menos comercial. Estaríamos num mundo melhor, mais barato e mais plural se as ideias de Linux também tivessem vingado.


Fonte: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/10/08/escravos-de-jobs-lamentemos-sua-perda-sem-contudo-endeusa-lo-925539183.asp

Da série "coisas mongolices que as pessoas repetem" 3

A rotina não é um problema. Não sei quem foi o primeiro retardado a falar mal da rotina. É excelente ter uma rotina para de vez em quando quebrar a mesma. Rotina não é regra, nem ditadura! Rotina é ordem, é organização, é previsibilidade, é roteiro, é dinheiro, é tranquilidade...!!! Dá para subjulgar a rotina em boa ou ruim... Mas de não ter rotina? Francamente!

Da série "coisas mongolices que as pessoas repetem" 2

TODO MUNDO busca comodismo num relacionamento. Você vai ficar junto de alguém que é incômodo para você? Qual o problema de sentir-se satisfeita com o que tem, cacete? Essa eu não entendo, francamente!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Da série "coisas mongolices que as pessoas repetem"

TODO MUNDO só dá valor quando perde. Não é uma questão de idade ou de amadurecimento. Meu avô completa 91 anos de idade daqui há 2 semanas e canso de ver ele reclamando e sentindo falta de muito que já perdeu, que já se foi. Dar valor ao que se perdeu faz parte da vida de todo mundo e qual o problema? É melhor que me dêem valor depois que me perderem do que sintam arrependimento pelo tempo que passaram comigo. Né?

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Com certeza já postei isso aqui... Mas vale ler denovo! E denovo.. e denovo... e denovo...

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Compromisso ético:

Detalhe SUPER importante sobre este blog:

O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.