"eu quis o perigo e até sangrei sozinho entenda. assim pude trazer vc de volta pra mim quando descobri que é sempre só vc que me entende do inicio ao fim. que é só vc que tem a cura pro meu vicio de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi"... Escutei essa música 100 vezes quando ganhei o cd do Legião Urbana MTV ao vivo e só fez sentido agora.
Cara, não ando muito inspirada.
Eu sei que eu já citei em alguma linha aqui que a tristeza me trás inspiração, mas definitivamente não estar inspirada não se correlaciona a estar se sentindo feliz. Também não estou me sentindo mal. Posso apelar para a expressão que eu aprendi semestre passado? Ok, eu que dou as ordens por aqui e então permito dizer: apática.
Não no lado patologico da coisa... ou...? Não sei.
Confesso que esse texto tá mais pra "querido diário" do que pra uma crônica ou tese a ser defendida como o costume geral. É que tem poeira demais embaixo do meu tapete e tá fazendo montinho. Tá feio já. As visitas começaram a reparar. Dai tirei a noite pra faxina!
Bem... Vamos lá. Toma aqui 2 algodões, enfie no ouvido... Caso contrário aperta no X ali no seu canto direito superior do monitor. Asseguro que as próximas linhas são chatas e cujo conteúdo só interessam a mim.
Enfim! Fala com o gerente antes de sair. É por sua conta!
Surgiu um questionamento: Um cão de rua sarnento, pulguento, abandonado/sem família, que passa frio e fome abana o rabo porque não pensa ou porque aprendeu a abstrair seus problemas para curtir melhor seus 15 anos de vida?
Aquela tese que eu defendi que "quem muito pensa, sofre mais" está me puxando a saia para que eu a registre. Ando irritada e muito introspectiva de tanto pensar.
Eu ando chata!
E cara a questão é que você pode simplesmente atravessar a rua para fingir que não viu uma pessoa chata.
Mas... O que vc faz quando vc está chateando a si próprio?
Eu durmo. É o meu modo de me auto ignorar. Quase sempre acordo melhor. Quase! O quase é um problema.
Porra! Acho que algo dentro de mim está fazendo as malas e pedindo divórcio da outra parte que habita em mim. É ai que entra esse estado... a apatia. Eu estou desgostosa de mim mesma.
De fato nem tudo é culpa minha ou do meu lado chato. Nessa altura do texto chego a conclusão de que a culpa é de uma galera que está de greve e não quer trabalhar de jeito nenhum. São os caras do setor que administram a minha sensatez pessoal. Tá tudo revirado! O orgulho, patrão dos caras, parece que se aposentou, morreu... sei lá. Não dá as caras! Imagina a bagunça... Eu não consigo saber qual é a minha própria legislação e aceito tudo. Tem coisa que eu sei de cor e salteado, mas como perdi a tal da sensatez, em caso de discussão, acabo tendo que aceitar porque perdi com ela a fundamentação.
A dependência é natural e reciproca.
Quando ela não é recíproca é iceberg à vista, pirata.
É o meu caso. Mas o iceberg já me engoliu e eu ainda tô na mesma embarcação a remo, velejando pelos mesmos mares e nem sempre a calmaria vigora por aqui.
É que arriscar sempre foi uma característica minha. Acabaram minhas fichas de tanto que paguei pra ver.
Impaciente.
Descobri que tem algo pior que fila de banco público em início de mês.
Esperar pelo abstrato, querer ou depender daquilo que não tem previsão... Entende aonde quero chegar?
É que "não sei", "sei lá", "pode ser" e "talvez" são nomes genéricos do veneno da esperança.
Aproveito o espaço para quem ler isso aqui, tô contratando um assassino, preferencialmente com experiência comprovada em manchete de jornal, pago bem. Mate ela, antes que ela me mate! Mate essa filha da puta dessa tal de Esperança.
Falta de sintonia.
O rádio tem que estar perfeitamente ajustado senão ele fica chiando e incomoda.
Isso não tira a característica de rádio, de utilidade, de distração, de divertimento.
Se tu não está em sintonia com alguma coisa. Aquela coisa não perde a representação na sua vida. Mas ela vai chiar e vai te incomodar.
Não vou me respaldar no fato de que sentimentos não são contáveis e nem mensuráveis. Até aceito que a minha exigencia seja esmagadoramente maior do que a resposta. Talvez por isso a resposta esteja perdendo o ar... Que seja, não dá pra pegar então a exigência e descartar. Já tentei. Sugiro que em último caso, ignore então a exigência e passe a diante. Não é o que vc faz quando pega uma questão difícil numa prova a qual lhe interessa a aprovação? Ou vc fica ali, quebrando a cabeça com a mesma coisa? Sua mente vai cansar e vc não vai ter o mesmo rendimento nas próximas questões. Não é óbvio?
A minha ex-sogra já me ensinava... "quando estiver muito brava e querendo discutir relação, dorme. Quando acordar, aquela raiva já vai ter diminuido".
Então tá. Agora que lembrei disso...
Vou dormir!
