Eu não deveria estar escrevendo isso aqui... Eu nem sei porque estou, talvez porque esteja estimulada pelo primeiro dia de blog e já estou no segundo post.
Bom, vim contar o que aconteceu de estraordinário na segunda parte do meu dia; mas antes tenho que fazer um retrocesso...
Era eu, uma menina muito feia no alto dos seus 12 anos (imagine BEEEEEEM pior do que isso que sou) e tinha uma paixão platônica pelo menino da Deplá. Ele, não sabia nome, idade, endereço... Apenas uma foto. Uma única foto e mais nada. Uma foto de book, obviamente... Mas para mim, tão bonito quanto os Backstreet Boys (quanta queimação de filme, rs).
E eis que passado alguns anos, eu dou de cara com ELE. O cara da foto... Mas resumi a minha insignificancia e me escondi atrás dos meus óculos enormes e aparelhos dentários. Ele nem me notou, mas onde ele ia, meus olhos iam atrás. E embora isso tudo, pouco me recordo desse dia.
Ai, o tempo passa... E eu descubro nome e sobrenome... O tempo passa mais ainda e eu descubro que o sobrenome era o nome do estabelecimento onde ele havia trabalhado. E tudo foi assim, descoberto aos poucos... Lentamente.
Fui descobrindo outras coisas também...
Descobri que ele trabalhava na farmácia nova da cidade. E passei a freqüentar a farmácia como quem freqüenta shopping center. Até ser notada e ganhar um "oi" cada vez que comprava uma lixa de unha, um creme para cabelos ou uma escova nova de dentes. O "oi" era respondido com um "oi" sem muito entusiasmo, sempre disfarçando a minha tensão de quem está cara a cara com seu ídolo.
Ai, eis que descubro que tinhamos um amigo em comum... Quer dizer, um colega. E no ato da minha descoberta, evidentemente, passo a tratar esse tal colega como amigo de infância.
Voltando a farmácia o garoto Deplá me surpreende com um "eu te conheço de algum lugar...", e ao dizer a relação ele diz "ah... por falar nisso, peça -o que devolva minha camisa". É, e se fosse batalha naval o tiro havia sido n'água. Ah, tudo bem... Para quem não tinha nada, até que ganhei 25 segundos de atenção.
E por ai ficou...
Ah, esqueci de contar a parte cute - cute.
Minha vó me presenteava com um urso de pelúcia por mês... O primeiro, adivinhe o nome? Claro, o nome do estabelecimento que eu havia dito que pensava ser seu sobrenome.
E também teve o fato desse tal de Orkut. Imagina só... Eu procurando pessoas conhecidas para elevar o número do meu contador inútil de amigos e olhem quem eu achei... Ele! E adivinhem? Usando a tal foto da Deplá. E detalhe, ele agora trocou a foto que eu nem reconheço mais ele.
Ai hoje... Sim, HOJE... A vida tem dessas coisas, né? Te coloca na hora e no lugar certo. Eu disse, na "hora certa"? Só se for respondendo à razões circustanciais... Eu vinha de um lado, ele de outro em destino ao mesmo. Subimos as escadas, eu um degrau mais acima que ele. Ele subiu esse degrau e estava alí, lado a lado a minha pessoa. Me cutucou o ombro e disse "qual o seu nome?". Ele reconheceu... Quem diria? ;D
Finalizou com aquele esquema de "o que vc tá fazendo?", "morando aqui?", "tem ido lá?" e nada mais, me tratando como se fosse amigo meu. Não é, embora o Orkut diga que sim. Ah, esse Orkut... Me promove cada uma.
Depois fiquei imaginando eu contando do urso pra ele... Mas claro, fiquei só imaginando. Não haveria porque contar. Até porque eu ia parecer uma descarada e eu não tenho essa intenção. Não mais! ahahaha...
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