"É na experiência da vida que o homem evolui"

Aula de Desenvolvimento da Criança, professora Luciana Coutinho

Principal idéia transmitida foi que Spencer estava certo em sua afirmação : "É na experiência da vida que o homem evolui".

Tem um aluno que parece ser meio piradinho, mas que fez uma colocação interessante... Veio defender os Desenhos Japoneses quando este foi atacado pela mais aplicada da sala. Ela disse ter feito uma experiência em casa com seu próprio filho de 5 anos... Tava contando que ela tinha recebido uma queixa da diretora do colégio em que ele estudava dizendo que ele estava agressivo, hiperativo e que precisava fazer exames e etc, ou seja, levando para o lado somático da coisa. Mas ela não acreditou nisso e resolveu observar o comportamento do filho, ou seja, COMO essa agressividade se apresentava. Talvez pelos gestos que ele fazia ou pelas coisas que dizia, ou até pela personalidade modificada (isso ela não explicou direito), ela percebeu que o problema estava no desenho que ele assistia. Então ela resolveu colocar uma televisão à cabo, com programas educativos tal como, Discovery Kids e etc, mudando o hábito do garoto. Ela contou que no começo foi difícil, que ela teve que travar o controle e tal. Mas no final ela disse que percebeu que ele mudou sua personalidade também, se tornou uma criança mais afável, carinhosa e tal.

Gerou polêmica...
Ai outra garota, que é formada em Educação Física, e agora está fazendo psicologia pra correlacionar mente e corpo, perguntou se o filho dela faz algum tipo de esporte e ela respondeu natação. Então esta sugeriu que a outra o colocasse em alguma arte marcial, capoeira, judô... Enfim! A fim de que ele colocasse pra fora toda essa agressividade e obtivesse com aquilo os valores passados pelo esporte... Aquilo do "não à violência" e etc. Isso me lembrou o programa da semana passada do Super Nany. O garoto Daniel de apenas 3 anos que tanto me impressionou que batia nos pais e nos irmãos (inclusive uma de 7 meses), xingava -os e etc. A Super Nany deu a ele um João Bobo e umas luvas de boxe para que ele pudesse descarregar toda tensão que ele guardava dentro dele... Parece ter dado certo.

Bem, mas ai o garoto meio doidinho fez colocações até com bastante lógica... Se exaltou, mas sem escandalos, dizendo que os desenhos japoneses, que não pertencem a nossa cultura, mas que são febres entre as crianças passam valores de honra, amizade, dignidade. Embora eu deteste esse tipo de desenhos (aliás, qualquer tipo), ele fez uma crítica que eu considerei válida. Ele falou que ao contrário os desenhos americanos como Tom e Jerry, Pernalonga, Pica Pau e etc, que são dados como "levinhos", tem um cunho de malandragem, de agressividade por agressão (sem explicação maior)... Claro que todo mundo riu desfarçado, mas a professora coitada, isso nem conseguiu fazer; Também não precisava se revoltar tanto...

A crítica conclusiva é que a tv aberta poderia exibir uma programação infantil melhor... Não estou falando obviamente de programas edutativos tão mongolóide como "Teletubbies". Mas pensando bem, quase tudo na tv brasileira é um verdadeiro lixo. Analisando que uma criança nasceu ouvindo Xu - xu - xu - Xa - xa - xá, depois Chiquititas (ora, não começou tão ruim assim... Mas depois apelou tanto que cambou pro lado de Harry Porter e eu odeio todos esses contos de fadas para infanto - juvenil), ai agora sua irmã de 18 anos vê RBD e fica irritadíssima ao ouvir um "pq vc tá vendo esse LIXO?" (que me desculpe a sinceridade, consegue ser pior que Malhação) e sua avô se aliena vendo esses programas da tarde "minha-mãe-me-bate-meu-pai-é-alcoolátra-meu-irmão-viciado-minha-vida-é-muito-ruim-tenham-pena"... Tamos muito mal mesmo.

Pra fechar 2 perguntas que eu me faço todo dia:
* Por que a Malhação precisa de SETE escritores e é sempre a MESMA história?
* Por que a Globo ainda não demitiu os roteiristas do Zorra Total?

Filme recomendado: O enigma de Karma Harse.