terça-feira, 3 de novembro de 2009

Amor, localizado Triangulo das Bermudas.

Eu acho tão engraçado como que o ser humano é...
Explico mais abaixo: a velhinha tava ali agora no final da novela do Manoco dando depoimento dela... Todo dia tem um, depois da novela... Ai ela contava que conheceu o cara nas férias e que foi amor a primeira vista. Também conta que só deu o primeiro beijo depois do casamento. E casou... Só que o cara fumava todo dia e era um cigarro atrás do outro. Dai que o cara morreu por causa do cigarro, tadinho. Ai ela vai e diz "não gosto nem de falar que eu choro", e ela da uma choradinha de leve...
Então ela relata que faz yoga e dança e que o segredo para superar a dor da perda é preencher a vida.

...
Me intriga! O ser humano é MUITO constituído por suas emoções.
Bertoni me iluminava bem quanto à esta questão... Já comentei aqui... Mas repito, tudo bem... Ele vinha me falar que amor, sentimento, essas coisas são reações químicas que acontecem dentro da gente. Que não tinham nada de mágico e surreal. Lembro que dizia num tom científico descobridor "é tudo hormônio". Então a tomada de consciencia disso facilitaria em vc não se deixar engolir por essa emoção.
Coisa alguma! haha É que tem o ser humano racionalizado demais. Mas estes, também sofrem... Por qualquer trauma, não expõem... Coitados!
Ou seja, coisa alguma nada... Coisa pra caramba!
Mas tem aí qualquer coisa que dá para ser aproveitado...
Aliás, partem-se dele muitas reflexões.


É que era aula de Humanista Existencial e sempre tem muita polêmica. Todo mundo querendo incluir qualquer achismo pessoal, mas enfim... Dizia-se que a maior depressão do homem é questionar-se tanto pela morte, o sentido da vida... E a razão disso é porque justamente desconhece.
Isso até ia virar material para um post, mas eu perdi minhas anotações contendo reflexões. Quem sabe outro dia?

Enfim...
Dai que a professora lançou a pergunta: - Eu sei que é muito complexo pensar sobre a morte, mas se não fosse ela, sobre o que pensaríamos?
E as velhotas responderam: - Arrumaríamos outra coisa por que se questionar, oras!
E HOJE eu saberia acrescentar: - Questionaríamos o sentimento! O sentir!


Porque o exemplo da velha??
Ela me suscitou tudo isso!
Oras, ela preenche a vida dela, faz a Yoga, o exercício físico e mental, a dança... Mas não pode sequer tocar no assunto do falecimento do marido que já libera algumas lágrimas.

Enfim...
É que a gente passa por tanta coisa afetiva ao longo da nossa vida, são várias as experiências e nenhuma deve ser descartada... Nem mesmo aquele que você resolveu intitular como "amor de criança", "paixonite de adolescente" ou aquele outro que aconteceu há 3 anos atrás, mas que vc era muito imaturo ainda (detalhe esclarecedor: vc é o mesmo ainda, na boa!)... Nenhum, ok?

Martinho da Vila de certo não entende do que eu falo... Acredita que dentre as sete mil mulheres com quem se relacionou, nenhuma foi mais importante, que paraquela que destina sua poesia. Talvez não tenha sido mesmo... Não dá pra mensurar, mas se vc insiste, fique à vontade...
Não estou falando em importância... Estou só dizendo que não aceito as suas desconsiderações.


Vc se relacionou... ou nunca teve coragem de chegar perto, de dizer uma palavra sequer... Mas destinou seus olhares, destinou seus pensamentos, destinou seu sofrimento...
Em tantos casos que se aproximou, se identificou e se envolveu... E quantos mais dos que não tem nenhuma identificação e que alimentam o "o oposto se atrai".
Experimenta amar e depois experimenta o ódio... E quantos são os que experimentam amar denovo?
Mas se apaixona, se encontra e estabiliza... Se acomoda. Experimenta a aflição, a saudade, o desejo, a intensidade... E também a desconfiança, a insegurança, a angústia, a traição, a decepção... O tédio! - E Dependendo do caso, permanece junto porque se agarra nas promessas (essa idéia pertence a outrém, outro dia explico), naquilo que planejou, ai vem o que chamam de amor... uma palavra pra valorizar o tempo pós-intensidade da paixão, aquele da comodidade... Pq o amor é isso, é segurança.
Deve ser isso o que diz aquele livro de titulo engraçado: "a paixão emagrece, o amor engorda" que deixei na prateleira.



Ah, valeu...
Me perdi no meio do caminho.
Deve ser isso que acontece com quem reflete sobre esse assunto...

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