Ps: O título era para estar em vermelho.
To devorando os episódios de Sex and the City há uns 4 dias como uma maníaca...
Que mané Briget Jones...! Se a teoria do universo paralelo existisse, Jéssica Parker e suas amigas seriam meus espelhos existenciais.
Enfim!
Atualizando meu blog quanto os últimos fatos: Tomei coragem e coloquei o inventado para fora.
Disse que ia pensar, mas eu já vinha pensando o tempo todo.
Só me faltavam as práticas.
Mas desde sexta de manhã, já sai da casa da Maria José com o peito estufado, corajosa para me libertar. Libertar minha alma para as coisas que eu busco, ao invés de me acorrentar a uma pessoa que não me completa, que não combina, como se fosse ele, minha única opção para não ficar entregue a solidão.
Sempre soube que não existiam só essas duas opções. Mas já sabia que precisava da Maria José para executar meu medo.
Assim foi.
Também libertei meus sentimentos. Motivada pela sensação de conforto e liberdade que senti ao expulsar o primeiro da minha vida, fui logo varrer a casa e tocar pra fora o segundo.
Mas foi até melhor. Ao invés de jogado fora, ele foi reciclado. Como se eu tivesse partido e então eu tivesse juntado e colado as partes porque o valor de estima me impedia de querer jogar fora.
E que diferença!
O primeiro, que me falava de amor, fez pouco caso. Claro! É mais fácil me monstrencer do que assumir-se tal como é.
O segundo, que só me falava de amizade, mostrou reconhecimento, valorização, prometeu mudanças.
Ótimo que tenha sido assim... Agora as coisas estão nos seus devidos lugares. Foi como se eu tivesse tirado todo peso que eu carregava das minhas costas.
Solteira e fabulosa é um episódio que questiona se as solteiras seriam mesmo fabulosas ou se apenas seria uma máscara que tenta esconder o rombo que elas tem dentro de sí.
Mas meu caso é particular.
Seria como "Namorando e fabulosa".
Eu uso a tal da máscara quando estou me relacionando, não quando estou sozinha. Solteira eu sou a autentica Dora. E eu não estava disposta a me anular novamente por alguém que jamais me reconheceria. É como dar tudo de sí num emprego público... não há promoções, não há reconhecimento, mas deve haver a presença.
Quero meu cabelo claro.
Quero minhas saias e meus vestidos.
Quero meu direito de cidadã de ir e vir.
Quero minha privacidade.
Quero minha liberdade.
Quero minha auto confiança.
Quero meus perfumes.
Quero escolher pelo menos 1 vez o filme.
Não quero ser ameaçada humilhações se eu não for o que espera de mim.
Quero calmaria.
Já que no fundo eu namorava sozinha, então voltei o relacionamento comigo mesma.
Eu me amava, mas tinha deixado de corresponder.
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