Com licença, Oswaldo...
***
Que a força do amor que sinto
Não me impeça de ser feliz se acaso nunca existir nele também.
Que a morte de tudo que para mim é importante
Não me tape os olhos para novas vidas
Porque metade de mim é o que eu exponho sentir
Mas a outra metade é escondido.
Que a voz que me fala de perto
Convença meus ouvidos e coração ainda que mentira
Que o homem que eu amo esteja sempre perto
Mesmo que não me ame
Porque metade de mim é liberdade
Mas a outra metade é carencia.
Que as palavras que eu escrevo
Não sejam lidas como relatos de crises internas e nem copiadas sem respeito a autoria
Apenas guardadas
Como a única coisa que resta a uma mulher inundada de pensamentos
Porque mais da metade de mim é emoção
Mas o que sobra é razão.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme no êxito que eu almejo
Que esse medo que me corrói por dentro
Seja um dia acalentado
Porque metade de mim é o que eu faço e a outra metade é uma louca tempestade.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesma se torne ao menos suportável.
Que o espelho sempre reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu o ofereça todos os dias à todos
Por que metade de mim é esperança do que serei
Mas a outra metade é resistencia.
Que não seja preciso mais do que simples e verdadeiras palavras
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu abraço sempre me conforte
Porque metade de mim agoniza
Mas a outra metade se segura.
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
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