quarta-feira, 4 de junho de 2008

discernimento

Nem anéis de saturno, nem de compromisso. Futilidades enaltecidas, estou sonhando com aquele anel de pedra preta da terra da Monte Carlo...
Mas foi como se tivesse aberto os olhos e envolvido num sonho bom, tivesse acreditado que o dia poderia dar continuidade aquela sensação sublime e completamente nonsense. Não quis contradizer porque tampouco era de interesse do auto ego e coração. Cinematrográficamente falho, pegou nas minhas mãos geladas, olhou nos meus olhos superficialmente, ajustou o tom para falar de amor, futuro, planejamentos, preparou um sorriso e um olhar que desse a entender paixão. A cena não convenceu os olhos, mas admito que tocou o coração.
Tá tudo bem... Já estava. Dentro do que se tem vivido, pode-se dizer que estava mesmo. Dentro do que se quer viver, para não ser taxada de exigente demais, foi um bom começo. Quero mais!
Recomenda esse tal de horóscopo que se tenha discernimento no dia de hoje. Interessante! Anota na listinha de compras porque tá faltando.
"É pau, é pedra, é o fim do caminho..." não, o fim ainda não se deu. Houve gritaria, muito chororô, noites frias, solitárias e mal dormidas, pé no acelerador e uma pergunta que não se calou "o que você quer?".
Bem, eu quero o amor. Eu já contei aqui em outras publicações a minha elucidante vontade de amar e ser amada. Vale dizer que em meio a isso, citei a infelicidade "não me importa se realmente ama, mas que me convença que ama". Infelicidade sim, mas infelicidade completa, haja visto, ser sim, uma verdade prática atual para mim, mas não uma verdade teórica de príncipios e valores. Como o ser humano é complicado, meu Deus!
Depois de 20 anos de aquarianismo e independencia soberbática de relacionamentos, estou passando meu primeiro ano de piscianismo. Se antes olhava no espelho e via uma menina armada dos pés à cabeça contra dores de cotovelo no melhor estilo "comigo-ninguém-pode", hoje vejo uma mulher romántica bem do gosto literário no pior estilo "mal me quer". Uma mulher que se convenceu que a coisa mais importante de sua vida é seu amor, descartando assim qualquer possibilidade de VIDA sem que este amor esteja transcorrendo com êxito e excitação. Ao pé da letra a comunidade que eu mesma criei ao conhecer esse sujeito, "meu combustível é a paixão", tive então pane seca. Parei de funcionar, desisti dos además, e nada pareceu mais tentador do que ele próprio.
Contudo, mesmo embora tanta certeza vinda do coração que é ele o cara que eu amo e pra quem quero direcionar meus olhos e meu fulgor pela vida, quando pensado sobre alianças de compromissos, haja visto o valor expressivo que estas têm, não aceitei como forma de simbolizar o que digo sentir e o que me faço sentir. Precaução nas palavras, minusciosa e detalhista demais na significação, ele acabou entendendo. Embora objeto de desejo, temo por não acontecer. E esta é uma das poucas coisas que ainda posso preservar como sendo 'primeira', e assim é a minha vontade.
Justifico minha tomada de decisão, pois por vezes ele diz firme, o que me mágoa, que ele decidiu e não mudaria de idéia, que aquele término seria mesmo um término. Eu nunca tive essa certeza. A idéia da separação é vivida sempre com muito pesar, mesmo quando sabidamente ser apenas idéia. De tal modo, vejo que o simbolismo é apenas meu, haja visto que ele tenha aceitado aliança em menos de 1 mês de namoro, de uma mulher que ele afirma de pés juntos nunca ter amado. Eu tento ser gentil ao meu coração, livrar de certas ilusões. Acho que é um campo que eu não preciso atingir para provar o quanto eu o amo e o quero.
Engolimos amargo.
Perdi a inspiração, o foco e principalmente, a vontade de escrever. É, às vezes acontece. Tchau.

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Compromisso ético:

Detalhe SUPER importante sobre este blog:

O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.