quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Simbora mais eu.


Com Ana Carolina assumindo o microfone, a minha boate mental vira um mero bar com uma bêbada ao centro, eu. Garçom, não me traga mais uma, não me deite no chão... Me expulse daqui!
Pode parecer patético, mas aquela rouca me emociona. Nando Reis também emociona... E eu que pedi para ele se calar ontem, hoje Deus me prepara uma brincadeira de ficar ouvindo essa voz sem conexão de afinação e intonação, embailada por uma letra muito boa, tal como todas, envolvida pelo braço e assegurada pela mão mais masculina e sexy que já me tocaram, dividindo o mesmo fio branco. Como quem aceita um martelo para ajudar a quebrar o gelo imposto outr'ora. Aquele braço e aquela mão que me inspiram, como se tivesse intimidade, a me dirigir a Clarice, onde lhe faço a confissão de que na questão de tocar, somente ele me toca e assim continua a ser... mais de 30 dias intermináveis passados. O silêncio nos conduz. Tenho vontade de dizer "olha, se vc quiser, não precisa me acompanhar". Vontade de dizer, jamais vontade de experimentar, mas me vejo dominada pelo medo de que ele acatasse e oposto ao meu itinerário se colocasse. Então me calo e prosseguimos lado a lado como desconhecidos... Resolvi então dar a margem de 3 passos, sendo assim, ele a minha frente. Então posso apreciar aquele caminhar masculino desajeitado. Impulsionado por aquelas coxas e panturrilhas trabalhadas, movimento de gangorra nos braços que eu já admirei linhas acima... Os braços! Olho a veia saliente, aquela definição masculina... Eu deliro nos braços dele. Até esqueço que traja bermuda florida e camiseta, estilo academia, mas que não me causa impacto algum... Não costumo focalizar no que não me agrada, mas o que agrada, em geral, salta aos meus olhos. E aquela boca... Maravilha, meu Deus, aquela boca ainda procura pela minha, aquela boca ainda me morde, aquela boca ainda diz coisas que agora não me preocupo em fiscalizar veracidade. Boca, braço, panturrilha... Vai configurando -se o homem por quem não escondo ainda devotar todo o meu amor, ainda que declare -se uma guilhotina, mesmo já tendo queimado minhas mãos, ainda assim, confio plenamente.
Um beijo de despedida é quase seco, mas vem seguido de palavras encachaçadas. Embebedam meu coração, me deixam tonta. Torna então, qualquer beijo especial.

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Compromisso ético:

Detalhe SUPER importante sobre este blog:

O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.