Desabafos, conclusões, segredos, reflexões, atendimentos, leituras, diário, cartas, crônicas, teorias e idéias... Aqui deixo exposta a minha mente e minha intimidade para que você leia. Entre e sinta-se à vontade.
sábado, 26 de agosto de 2006
inimigo salva vidas
A boa verdade é que eu nunca abro nenhum desses arquivos pps. De verdade!
Mas como veio da minha tia que fez psicologia, o título me interessou e eu acabei abrindo...
Fiquei meio reflexiva... Vc vai entender o porque.
Houveram uns caras que trabalhavam nas Torres Gêmeas, aquelas do atentado (que por incrível que pareça, já vai fazer 5 anos), sobreviveram porque simplesmente não estavam lá no momento, ao contrário dos seus colegas. Todos os fatos (desconheço se são realmente verídicos) tratam -se apenas de detalhes puramente irônicos que o destino criou.
Um não estava lá pq tinha reunião no colégio do filho, o outro porque foi comprar rosquinhas, mas um me chamou mais atenção que os demais: disse que estava estreando sapatos novos que lhe doiam o pé... Então parou numa farmácia para comprar um band aid.
Quer dizer: a reunião chata, as rosquinhas diárias e engordativas, a bolha do pé, lhes salvaram a vida.
E aquele casal que não morreu com Tsunami porque estavam mergulhando naquele exato momento?
Tantos casos diferentes, mas que querem dizer a mesma coisa. Já os mais de 6.000 mortos no tal atentado ao World Trade Center ou os mais de 280 mil no Tsunami não tiveram a mesma sorte de ter uma chatice, rotina ou dor que lhes salvassem a vida, que esses 3 caras que citei tiveram.
Na verdade, doa quem doer, não vou dizer um "Graças a Deus".
Eu sofro com o fato de ser desprovida de paciencia. Eu detesto esperar. Eu aperto milhões de vezes o botão do elevador, xingo -os, ligo pra portaria e pergunto o que está acontecendo, desço de escada esbravejando... Em filas de banco eu resolvo voltando pra casa. Quando o ônibus demora mais que 3 minutos pra chegar, eu ando 2 quadras pra pegar outro. Quando estou esperando ligação e o telefone não toca, eu o desligo ou o deixo em modo ocupado para não ter um ataque de nervoso. Prefiro comer frio, mas não espero a comida esquentar... É assim com tudo na minha vida. Eu, com a minha personalidade, teria muitas chances de morrer em qualquer um desses atentados.
Engraçado, né... Mas é incrível como que um aborrecimento pode salvar vidas, né?
De agora em diante, provavelmente não se resolverá, mas pelo menos vou me lembrar disso... Quando eu estiver presa num engarrafamento, numa fila, esperando o elevador... Vai que aquilo está me salvando de alguma situação? Não que eu ache que o prédio onde eu esteja possa desabar, mas quem sabe outros riscos? Assaltos, sequestros... Essas loucuras bem reais no Rio de Janeiro.
Pensa nisso também!
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O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".
* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.
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