quinta-feira, 18 de novembro de 2010

lindo, fê!

Uma pessoa grosseira resolveu dar um presente a outra pessoa por seu aniversário, mas na verdade, queria ser irônica. Preparou então, uma bandeija de lixo e restos.
Na presença de todos, pois queria humilhar o aniversariante, mandou entregar o presente, que foi recebido com alegria. Gentilmente o aniversariante agradeceu e pediu que o esperasse um instante, já que ele gostaria de poder retribuir a gentileza.
Tirou o lixo, lavou a bandeja, a cobriu de flores, e a devolveu com um papel, onde dizia: "cada um dá o que possui."

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eterno!

Nando diz (18:41):
*fiquei com desejo de vc ! rs
*tb
*doideira...
*mas eu bem q gostaria q fosse verdade..
*tb estou com saudades
Dorinha diz (18:42):
*ahh
*mas agora nossas vidas tomaram muita distancia
*nao so fisicas
Nando diz (18:42):
*;)
Dorinha diz (18:42):
*de tudo
Dorinha diz (18:43):
*de qlqr maneira
Nando diz (18:43):
*haha por q vc quis
*rs
Dorinha diz (18:43):
*vc eh uma boa lembrança q eu tenho
*fez mta diferença na minha vida
Nando diz (18:43):
*mas fim do mes eu passo ai na tua terra
Dorinha diz (18:43):
*coloquei ate uma foto sua no meu facebook
*essa semana
Nando diz (18:43):
*agente bate um papo, pode ser?
Dorinha diz (18:43):
*sobre isso
*das pessoas q fizeram a diferença na minha vida
*vc com certeza é uma delas
Dorinha diz (18:44):
*claro
Nando diz (18:44):
*q issso..... nao mudei nada na sua vida...
*nao deu nem tempo !! rs
Dorinha diz (18:44):
*mas fez parte
*e eu ainda me lembro
Nando diz (18:44):
*de tudo?
Dorinha diz (18:45):
*sim
Nando diz (18:45):
*eu tb..
*queria q vc fosse minha mulher na época...mas vc nao quis !!1 rs
*rs
Nando diz (18:46):
*eu ia aprender muito mais do q vc aprenderia comigo... te acho fantástica
*sem comentários..
Dorinha diz (18:46):
*:|
Nando diz (18:46):
*tacom sono
Dorinha diz (18:46):
*hehe nao sabia de tanto
Nando diz (18:46):
*??
Dorinha diz (18:46):
*pra mim vc queria só ficar comigo
*nunca soube desse seu carinho tããão grande
Nando diz (18:46):
*nao deu tempo de eu falar nem a metade
Nando diz (18:47):
*claro q não..
*aí vc amadurece e percebe as coisas...
*mas o tempo passa... a agua de baixo da ponte só passa uma vez ...
Dorinha diz (18:47):
*nem sempre
*:)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

bad server...

Me dei conta de que este ano não segui uma linha rumo a algum lugar. Não caminhei, não progredi, me estabilizei numa zona ruim. Me finquei num ponto introspectivo, circulando por um eixo máximo que não superei. O mesmo movimento de um compasso.
Nada novo aconteceu.
Perdi muita coisa.
Desgastei as que não foram perdidas.
Pouca coisa fermentou.
Não me apaixonei, não vivi nenhuma aventura, não me lembro do meu coração acelerado envolto numa emoção boa, como também não tive angústias suportáveis BOAS, não me lembro de ter me descabelado, quase não tive porres felizes, memórias... os dias foram pobres, estive incubada numa solidão, numa tristeza, numa depressão que me dominou, me sugou... e me limitou de viver com tesão, com efusividade, com saúde.
Que essa constatação sirva de alguma coisa... precisamente: que sirva de um impulsionamento. E que não 2011, mas AGORA passe a ser diferente.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

curti isso.

No amor: Ninguém pode machucar ninguém! Cada um é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso... Já me senti ferida quando perdi o homem por quem me apaixonei... Hoje estou convencida, de que ninguém perde ninguém... Porque ninguém possui ninguém! Essa é a verdadeira experiência de ser livre: Ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la...(Paulo Coelho)

sábado, 6 de novembro de 2010

Por Marisa;

Apagaram tudo... pintaram tudo de cinza. A palavra no muro. Ficou coberta de tinta.
Apagaram tudo... pintaram tudo de cinza... Só ficou no muro tristeza e tinta fresca.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

tanto quanto Marisa;

Não é fácil
Não pensar em você
Não é fácil
É estranho
Não te contar meus planos
Não te encontrar

Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado

Na verdade eu preciso aprender
Não é fácil, não é fácil

Onde você anda
Onde está você
Toda vez que saio
Me preparo pra talvez te ver

Na verdade eu preciso esquecer
Não é fácil, não é fácil

Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te terá ao meu lado

O que eu faço
O que posso fazer?
Não é fácil
Não é fácil

Se você quisesse ia ser tão legal
Acho que eu seria mais feliz
Do que qualquer mortal

Na verdade não consigo esquecer
Não é fácil
É estranho

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

ayer y depois

Me lembro de quando recebi a notícia de que meu pai havia morrido.
Eu não acreditei.
Derrubei um copo de água em alguns papeis que nem sei...
Fizeram uma brincadeira de "uma pessoa importante para você morreu hoje 6 horas da manhã"... bem do tipo ADIVINHA QUEM FOI??
E eu entrei na brincadeira e dei meu primeiro chute:
- Minha vó!
- Não.
- Meu tio!
- Não.
- Minha mãe?
- Não.
- Não sei!
- Quem além da sua vó, do seu avô (porque eu havia estado 10 minutos antes com ele), seu tio e sua mãe é importante?

Eu pensei, pensei, pensei e não veio nada em mente para continuar o joguinho fúnebre. Sei lá, se não eram esses, QUEM raios poderia ser?
- Seu pai;
ela precisou dizer.
Meu pai?
Meu pai?
Ayer Manhaes Tavares?
Meu pai?
Tá falando sério?
Impossível.

Cara, meu pai tinha 28 anos... ele era imortal. Eu JAMAIS ia acreditar naquilo.
Eu fui lá no funeral em Campos... e por mais corajosa que eu seja, eu não tirei o lenço do rosto dele. Mas eu vi quando a minha vó levantou e não estava tão próxima... Me lembro dela dedilhando toda a face, dando carinho, encostando o rosto dela... chorando. Lembro dos roxos pela testa, na bochecha e lembro da boquinha também. Morreu tão machucadinho...
Lembro das rosas por ele todinho... Lembro que eu coloquei minha foto aos pés dele.
Lembro quando a gente foi enterrar ele, lembro da minha curiosidade com os outros túmulos. Sempre tive essa curiosidade... saber o nome, quanto tempo viveu, ver a foto...

Hoje eu sei que ele olha por mim. Eu sei que ele é a força que eu sinto quando eu perco as esperanças.

No dia seguinte, eu fui a escola normalmente. Tinha prova de Geografia que eu não poderia perder de JEITO NENHUM, vó.
Fui a psicologa também. Ela me deu alta rápido, rápido.
Com criança se faz TCC, né?
Ela me deu uns dois ou três questionários que eu até gostava de responder... e eu não lembro quais perguntas tinham alí... nem muito menos quais respostas... só lembro que eu gostava, achava divertido.
Mas ela diagnosticou que eu estava bem. Pediu para eu retornar, se minha vó visse alguma alteração no comportamento que fosse importante ela saber.

Foi uns dois meses depois.
Eu descobri que meu pai não era imortal. Eu passei a acreditar.
Minha alegria caiu.
Minhas notas caíram.
Eu tinha 12 anos e eu comecei a falar coisas como: eu vou adotar um negrinho de 6 anos paraplégico.
Eu comecei a chorar compulsivamente porque o interfone tocava e nunca mais era ele.
Eu comecei a pedir para morrer antes de dormir.
Eu comecei a pensar em abrir a porta do carro em movimento em auto estrada e me jogar. Comecei ter sonhos que meu pai me chamava e que era para eu fazer isso.
Comecei a inventar sonhos com ele.
Comecei a inventar conversas com ele.
Comecei a inventar realidades com ele.

Durante algum tempo eu não podia falar no assunto que minha boca tremia, minha mão gelava, meu coração endurecia, as lágrimas caiam como as cataratas. A temperatura do meu corpo subia, meu rosto ficava vermelho, parecia que eu ia morrer sufocada de tanto chorar.
Depois passou a me tocar qualquer pessoa que falasse do seu próprio pai com emoção... fosse boa de muito orgulho ou ruim de morte. E eu chorava... pela pessoa.
Depois veio a fase que incluia as mães dos outros e não somente os pais.
Ai com o tempo a emoção foi ficando mais exigente e eu deixei de chorar com tanta facilidade...
Não choro mais.
Mas sinto uma saudade...

Assim é tudo na minha vida.
Houve o ápice do sofrimento para tudo... e hoje, muito mais exigente, não choro muito por situações iguais... mas sinto a saudade quando é bom.
Fica o sentimento de que não dá para substituir.
O sentimento de que não dá para voltar atrás.
O sentimento de que eu deveria ter aproveitado mais daquela pessoa.

Agora nada.


Sou um saco de gritos lacrado a vapor.
Me sinto presa em mim mesma e limitada a não ter como estourar meu lamento.
Não dá para definir se agonia, se magoada ou tristeza pura. Travou tudo. Não consigo definir nada, não consigo pensar em nada, não quero também.

Morri.
Alguém já morreu vivendo?
Alguém já morreu e continuou andando robóticamente, tomando decisões que nem sabe, indo a lugares sem vontade, virando copos sem razão, comendo sem gosto, sorrindo sem provocação...?
É assim que me sinto.

Está presa a lágrima que não escorreu. E toda vez que eu lembro vai me dando uma terrível sensação de NADA. E eu quero sentir ódio, mas nada. Eu quero sentir raiva, mas nada. Eu quero sentir desprezo, mas nada. Eu quero esquecer, mas nada. Eu quero então perdoar, mas... nada.
Eu só queria não ter acordado aquele dia.
Eu só queria que não fosse verdade.

Compromisso ético:

Detalhe SUPER importante sobre este blog:

O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.