Do pouco que eu sei e do que me resta, não penso tanto no futuro. Já faz tempo, não conjugo em primeira pessoa os verbos planejar, idealizar, e ainda menos sonhar. Vivo sim e não vivo mal. Não me consome nos últimos dias nenhuma angústia, nenhum mal estar de vida, nenhum desconforto. Porém há uma pedrinha, tal como penso ser vital, minúscula porque eu própria não concedo dimensões desnecessárias, porém, uma pedrinha dentro de toda essa pureza. Essa pedrinha carrega em sua essencia apenas a minha dúvida, a minha incerteza... Pois por evidência, também as possuo. E faço questão! Não quero ser um destas mulheres carentes de dúvidas e incertezas... pois de tão certas e crédulas, perdem a sua fragilidade, o seu feminismo, a doçura e delicadeza, e tal como acredito ser, é propriedade da mulher esta coisa toda.
[...]
Não entrei na dieta segunda, não aproveitei o sol de sábado, não fui no shopping Domingo, não gastei menos no cartão, não fui me matricular no spinning, não fiz as unhas, não arrumei meu armário, não calibrei os pneus... É, eu pensei em fazer, mas não fiz. Não fiz porque estava fazendo algo melhor. Não quero bater à própria porta da minha consciência como um agiota moral e me torturar com o que não aconteceu, como se eu tivesse uma dívida comigo mesma.
Não tenho escrito aqui.
E fica por isso mesmo.
Bjs
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Não entrei na dieta segunda, não aproveitei o sol de sábado, não fui no shopping Domingo, não gastei menos no cartão, não fui me matricular no spinning, não fiz as unhas, não arrumei meu armário, não calibrei os pneus... É, eu pensei em fazer, mas não fiz. Não fiz porque estava fazendo algo melhor. Não quero bater à própria porta da minha consciência como um agiota moral e me torturar com o que não aconteceu, como se eu tivesse uma dívida comigo mesma.
Não tenho escrito aqui.
E fica por isso mesmo.
Bjs
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