...É preciso que ele saiba fazer a leitura da rebeldia. É mais fácil que grite, esperneie, faça pirraças, chore e se jogue no chão ou até mesmo que se cale, do que esperar que venha expôr suas dores em forma de diálogo. E é preciso compreender, antetudo, o significado destes gestos, porque por mais que sejamos complexos e difíceis, os gestos têm talvez mais sentido do que qualquer coisa que ele tente dizer. Também porque, os gestos exprimem o que ele ainda não sabe dizer com as palavras.
E pensar que enquanto existir rebeldia, existe aí uma vontade insistente em ser percebido e cuidado. Ao passo que, quanto mais passivo e aparentemente equilibrado for, chamando menos atenção e fazendo menos barulho, pode carregar junto uma desistencia dele.
* Meu discurso clínico. Caso M., que rejeita o pai.
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