...ao fim do almoço era assim;
minha mãe vinha de lá de dentro com uma caixa de bombom Garoto!
Essa é uma lembrança muito boa que tenho da minha infância...
Meu pai, todos já sabiam que o dele era o Tropical,
"aquele de banana passa", como ele mesmo dizia.
Não que eu achasse esse muito gostoso na época,
mas só de ser o do papai,
despertava em mim uma vontade de comer.
Minha irmã ficava com o Alô Doçura.
Na minha memória ele era o bombom da Xuxa, não sei porque.
Era tão de menina, rosa. A cara dela. Tudo bem.
Meu irmão gostava muito do Mundi,
Tinha um recheio cremoso por dentro.
Na verdade a gente sempre comia mais de um, dois ou três.
Na caixa sobravam sempre os mesmos, Rum, Torrone e,
mais recentemente Surreal e Milk & Mel.
O grande disputado mesmo era o Serenata de Amor.
A minha irmã, como única menina,
corria pra abrir a caixa e segurava um Serenata na mão.
Minha mãe ainda argumentava que ela tinha que dividir,
as vezes dividia,
mas as vezes,"ela é a única filha"... fazer o que?
... meu pai já tinha ido trabalhar!
Então sobrava um pra mim e pro meu irmão.
A gente sempre queria, e quando dava confusão,
Lá vinha minha mãe com uma faca e a seguinte lição:
"Um corta e o outro escolhe."
Excepcional, nada podia ser mais justo que isso.
Então, depois de vários olhares e cálculos milimétricos,
um partia com a faca e dividia aquele bombom,
tão bem dividido que até hoje ninguém sabe quem ficou com a maior parte.
Mas tudo isso era só o começo.
Porque descascar o bombom com os dentes
deixando o recheio de fora,
só pra mostrar pro outro, que já comeu tudo com pressa,
que ainda tinha bombom...
Era muito bom.
Era Bombom!
Não que a gente ainda não faça isso
mas é que vai ficando raro, todo mundo crescido,
tudo tão rápido.
Te Amo Família!
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