domingo, 16 de agosto de 2009

Tranquila, levo a vida tranquila..


Boo!

Estou viva!
Estou viva e tranquila... E para quem bem me conhece ou um pouco me lê, sabe que a tranquilidade e a felicidade não me inspiram. Por isso, todo esse abandono. É que sou dessas poetizas que precisam sentir dor para falar de amor.

O que acontece é que aí vou discursar em reuniões e não consigo ser precisa, vou escrever a um amigo muito querido e não consigo não ser clichê, vou confessar meus sentimentos ao ser amado e não consigo ser emocionante, vou pedir um café e não consigo iniciar uma conversa.


Mas hoje eu mesma sirvo o seu caffé.
Não estou, contudo, vivendo la vida loca de Martin, nem tampouco feliz como Chaplin na chuva. Estou em uma fase estendida de sobriedade. Descobri que a tranquilidade é a temperatura ideal para as sensações.

Açúcar?

Bem, fiz esta constatação há cerca de 3 semanas quando voltei de um jantar prazeiroso com o ex... Tentei diagnosticar e descrever para o mesmo em curtas palavras smsiotíca todo esse sentir e talvez até tenha conseguido. Dizia não estar apaixonada, possuída por Shakespeare, desvairada de amor... Estava ficando na paz há um certo tempo em meus encontros com ele e aquele sentimento de paz estava sendo constante. E perdura.

Biscoitinhos?

Eu já muito bem sabia que a paixão, embora muito gostosa, tinha prazo de vencimento... Só que eu vivia buscando por ela. Buscando me embebedar desse líquido borbulhante para matar minha sede de sentir, sentir, sentir...

E depois de tanto sentir, ser engolida pela ressaca, pelo desprazer... Pela cobrança e expectativa que a paixão trás com ela... E que facilmente é derrubada até por uma respiração fora de hora ou pela escolha do futebol ao invés de outro jantarzinho à dois. É que a paixão espera um cenário de primavera dos Estados Unidos, um cheque em branco assinado pra pagar qualquer que seja esse sentimento, essa vontade louca de ser o único objeto do outro. A paixão espera o utópico, o que só existe em algum momento, em alguma situação... Mas espera que se eternize e por isso, ela mesmo se enforca.

Hoje, de certo temeria uma relação com um homem que me dissesse as palavras: "estou perdidamente apaixonado por você".

Era só um caffezinho.
Boa noite!

Nenhum comentário:

Compromisso ético:

Detalhe SUPER importante sobre este blog:

O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.