sexta-feira, 8 de abril de 2011

Final!

Eu me sinto meio ridícula em estar escrevendo isso aqui.
Mas eu não sou uma Dora que não se importa. Que ignora, que não se despede, que não sente.
Então é melhor eu ser uma autentica ridícula do que eu ficar me condenando pelo que eu deixei de fazer. Melhor eu me aceitar como eu sou, do que eu forçar uma barra pra ser quem eu não sou.

E essa última sentença explica tudo.
Eu adorei conhecer você. Acho que possa ser você o tal “homem da minha vida” que a cigana falou sim, porque eu adorei nosso tempo junto, adorei seu carinho comigo, adorei sentir os tremores de ciúmes, de desconfiança, de revolta que você me evocou... Sim, pois se senti, já sei que não é tão impossível quanto há tanto tempo eu venho pensado ser, me apaixonar por uma pessoa de novo. Senti muito sua falta na ausência, senti vontade de te prender em mim, senti vontade de me entregar para você, senti vontade de falar de sentimento... E te agradeço por estes “sentir”... Foi doloroso e confesso tive medo, tentei sair correndo várias vezes, mas você me alcançou e me permitiu estender essa dor boa.
Não chegou a ser... Vias de fato, paixão. Mas foi o máximo que eu senti nos últimos anos sobre carinho e apego por uma pessoa.

Entretanto a gente não combina.
Você não é uma pessoa horrível como eu disse ontem tantas vezes. E até te peço desculpas se te magoei, mas se não cheguei a magoar, mesmo assim eu queria que você soubesse que, respeito o Carlos Bruno que você é. Porque entendo que a vida transforma a gente... Minhas alegrias, mas muito mais, meus sofrimentos me tornaram na Dora que eu sou... Ou na Dora que eu quero aparentar ser. E sei que o mesmo aconteceu com você... Por debaixo dessa Dora que todo mundo pensa que eu sou, tem a Dora que você já tem certeza que sou. Não sou tanto fria quanto quero que pensem que eu sou, não sou tanto desapegada quanto faço questão que acreditem que sou. E você me viu sem casca, sem proteção. Tanto quanto eu sei o Carlos Bruno que você deve ser, porque eu sinto, que por debaixo desse disfarce todo, tenha um Carlos Bruno muito frágil, mas as suas defesas são maiores que as minhas e do lado de cá, eu só imagino quem você seja, mas eu nunca de fato toquei.

Entretanto, eu tenho que lidar com o palpável, com o que você me apresentou...
E frente a isso, eu não quero me envolver com um homem tão averso a sentimentalidade, porque assim, eu e você vamos caminhar de mãos dadas no caminho da razão. E isso é muita solidão.
Eu quero sim, mas não conta pra ninguém, heim, ser conquistada, ser mimada, namorar, casar, ter um filho... Tenho também, os sonhos normais de mulherzinha. Mas eu bato com o pé que eu não sou mulherzinha... Talvez não aconteça nunca, talvez aconteça logo... Mas o fato é que eu não quero saber que o homem da minha vida acha que ele precisa de uma mulher de dentro pra gostar dele e tantas mulheres quanto o dinheiro dele permita ter fora pra satisfazer ele. Ainda que ele pense assim e eu acho muito possível que ele pense, não sejamos tão românticos e irreais, mas pretendo deixar meu coração fora desse conhecimento, entende? De amarga já tem minha razão... E não quero me tornar mais do que já sou.

Espero que você me entenda... E que não me odeie. Mas se me odiar, que não me odeie pra sempre. Que seja possível você pensar que por mais escrota que você esteja pensando que eu sou, pelo menos, eu sou uma escrota bacana que tem uma enorme consideração por você.
Estou contando com isso!


Amizade não vai rolar...
Mas só o lance do carinho já pra mim significa que valeu a pena.
Beijos,
D.

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Compromisso ético:

Detalhe SUPER importante sobre este blog:

O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.