terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

vida homérica.

Sinto tudo aquilo que medicina nenhuma entende, explica, cura ou acalenta. Sinto doído, forte, ardido e pesado. Faz uma semana que queimei a superfície da carne e na farmácia haviam inúmeros medicamentosos para aliviar o meu incômodo. 7 dias depois brasa comia o profundo desta mesma carne e não há nenhuma substância capaz de cessar.
Eu até pensei que tinha. Na verdade, eu fiz que tinha. Digo, agi. Telefone. A mesma mão que me feriu, mesma mão que me acarinha... mão objeto. Se foi nele que me proporcionou desespero em primeiro lugar, foi o mesmo que me proporcionou massagem posterior. Corri agenda do telefone... E 30 minutos depois eu já havia chegado e em encontro a outras sensações, repito, nenhuma outra é capaz de cessar.
Que eu já sabia desde o início que não era para dar continuidade. E insisti... Melhor palavra: permiti. Permiti que minha cara se quebrasse em 9 pedaços e meu coração em 6. Entre emitidas e recebidas... rachou tão feio que abriu-se uma fenda crônica.
Não exagerando por artifício, estou exagerando porque acho preocupante não conseguir mais chorar. Acho preocupante mesmo e acho triste. Triste porque não quero ser destinar-me a crer que chega um momento da nossa maturidade que a gente faz com o amor o mesmo que fizemos com Papai Noel... Passamos a achar tolo, considerar que só criança acredita e ter pena do próprio, posto mal confortado dentro de sí com tantas endumentárias em clima não favorável; e por desacreditar, perder a mágica da fantasia, e assim, nos tornando mais maliciosos, nos torna menos aptos ao essencial, em especial, aos sonhos.

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Compromisso ético:

Detalhe SUPER importante sobre este blog:

O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.