quarta-feira, 15 de outubro de 2008

como voce tá? melhor?

Essa foi a pergunta que ela me fez:
- Como você tá? Melhor?
E a minha resposta foi sem muito desenvolvimento...
- Ah, to sim.
E ela então duvidou e questionou:
- Verdade mesmo?
E eu respondi:
- Cara, sinto que sim.

*
É bem verdade que quando vi as ligações perdidas entrei em desespero.
Acho que eu não queria que tivesse invertido o jogo e que tivessem me dado como monstra.
Mas passado um tempo, a cabeça foi pro lugar... as idéias invadiram a mente; reflexão.
E destes, as seguintes conclusões:
Bem, em primeiro lugar, "foi melhor assim", fez-se finalmente um desfecho.

Entre outros...
É que perdeu -se o respeito, a credulidade e a consideração e ainda assim empurravamos a força com a barriga na maior das expectativas. Mas como se não havia nem tampouco sentimento?
Eu sei que não fui tão honesta assim... Que de repente ele pode tá agora decepcionado, que não vou poder contestar se me acusar de mal caratismo, vou ter que engolir seco. É, é verdade! Eu sei que brincar com o sentimento dos outros não é coisa que se faça; sempre soube.
É por isso que eu não liguei e não vou ligar. Que cicatrize sozinho como me ocorreu tantas vezes.
Mas a pergunta que me faço é "que sentimentos, ora ora?".
Na melhor das hipóteses um carinho por alguém que suportou tanta sacanagem, tanta mulecagem de peito aberto, coração entregue... Só que esse alguém cansou. Cansou-se há muito tempo... Cansou-se desde quando ganhou de presente de aniversário uma demonstração espetaculosa da falta de respeito e de cuidado que vinha por aí.
Se chegou até aqui é porque ambos permitiram. Ambos então estão errados.
Errados sim, porque não é caso de se arrepender ou não se arrepender. É que foi tanta sacanagem em cima de sacanagem. E também tanta hipocrisia! Cobranças que me foram feitas e que não existiu reciprocidade. Cobrando me a castidade e permitindo-se envolvimento com outra. Cobrando -me exclusividade e permitindo-se atuações de cenas románticas com outras. Críticas! O olhar que cerrou tantas vezes sinalizando desaprovação. Eu não, ele sim, sempre assim. Não obstante aos abraços e beijinhos, a total facilidade em chamar outras de "meu amor".
Bateu tanto que furou!
E ele se incomoda quando eu me coloco no lugar de vítima. Acha que eu tenho culpa, que ele aturou "muita coisa". Aturou o que? Aturou o desespero e a desconfiança, fruto das atuações irresponsáveis e tão cheias de mulecagem dele?
Nunca foi homem! Fez e não assumiu. Assumiu pelo medo de ser descoberto. Nunca contou toda a verdade. Fugiu quando viu que a barra pesava pra ele. Voltou quando me viu recomeçando a vida. Me cozinhou embuído do sentimento que eu tinha declaradamente exposto a ele, enquanto ele declaradamente expunha que não tinha um pingo de vergonha na cara e o quanto era egoísta e se sentia malandro.
E eu precisei levar muitas na cara não pra enxergar, porque enxergar eu sempre enxerguei... Mas pra desistir.
E eu nem sei quando exatamente eu desisti. Mas não trata-se de vingança. Trata -se de uma coisa idiota que eu passei com a primeira paixão e o primeiro namorado oficial.... Um lance de ficar achando que se chegou até aqui, se passamos por tantos problemas e superamos é porque deve ser pra ficar junto e tudo mais. Mesmo que não hajam mais suplementos para tal. Espero que agora eu tenha aprendido de verdade o momento de acabar.

Tomei minha decisão desde o Domingo quando ele chegou com a última gota d'água. E mais uma vez eu tive peito, coragem pra suportar todas as consequencias e fui franca. Encarei ele de frente e disse que não dava mais.
Ele me faz falta. Então eu procurei novamente... e pensei que havia mudado de idéia... Mas acho que dessa vez a pancada foi forte demais.
Na segunda tentei colocar novamente as coisas em seus lugares. Fui lá! Mas claramente não foi como das outras vezes! Ou só eu senti isso? Claro que não! Mas ele vai dizer que sim... E isso que mais me entristece... A incapacidade dele de assumir as situações. Em sinal de minhas verdades, não houveram sequer beijos. Para um casal, muito frio, para amigos, talvez não; mas não somos amigos.


Dai que eu cansei...
Desculpe se tarde demais!

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O que está em roxo fui eu quem escreveu. O que está em vermelho, é de alguém, que eu li, curti e pensei "Caramba, que bacana! Eu queria ter escrito isso!".



* Preservo assim os direitos autorais alheios, posto que gostaria de que preservassem os meus.