E eu, como estava dizendo, sempre
quis ser dessas mulheres imperfuráveis, inatingíveis, inaudíveis e
incompreensíveis. Mas nunca consegui. Quando vou ver, já contei minha
vida pra primeira pessoa que me deu um pouco de atenção. Já tô rindo
alto no restaurante porque não me controlei e fiquei feliz demais. Já
escrevi um texto sobre o fulaninho da terça passada… E quando vou ver,
lá se foi a mulher misteriosa que eu gostaria tanto de ser. Porque eu
jamais poderia ser uma.
— Tati Bernardi
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